Prévia 2018-19: Divisão Pacífica
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A Divisão Pacífica é provavelmente a que atrairá mais atenção nessa temporada. Depois de uma primeira temporada inusitada, os vice-campeões Vegas Golden Knights voltam à busca de ser o time mais novo a levar a Stanley e continuar quebrando recordes. Em contrapartida, a troca mais falada da intertemporada aconteceu para os Sharks, que adquiriram o ex-capitão dos Sens e um dos melhores defensores da liga, Erik Karlsson. Enquanto com certeza os dois times lutarão pela liderança, alguns outros podem entrar numa briga para não ficarem para trás.
Mas o que esperar dessa divisão na temporada 2018-2019?
San Jose Sharks
Um dos favoritos ao primeiro lugar da divisão teve apenas uma grande adição ao time. Depois de tentar adquirir John Tavares e não conseguir, Erik Karlsson passou a fazer parte da equipe de San Jose. A troca mandou para Ottawa Chris Tierney e Dylan DeMelo. Além disso o time também perdeu Mikkel Boedker, Jannik Hansen e Eric Fehr.
Com a aquisição de Karlsson, os Sharks se igualam ao patamar da defesa dos Preds e dos Bolts. A equipe também conseguiu estender o contrato de Evander Kane. Ele chegou em San Jose pouco antes do fim da janela de trocas passada e marcou 9 gols e 5 assistências em apenas 17 jogos pelo time.
Mesmo com poucas alterações no elenco, pode-se esperar um grande avanço em comparação com outras equipes da divisão. Além disso, um de seus principais jogadores está envelhecendo e o time pode vir com a mesma sede de vitória que os Caps tiveram, para tentar honrar Joe Thornton, que está beirando os 40. No melhor dos mundos, os Sharks usam Brent Burns e Erik Karlsson para serem imbatíveis, no pior, se vêem a frente de novas lesões como a de Thornton na última temporada.
Vegas Golden Knights
Mesmo com uma primeira temporada impressionante e imprevisível, os Golden Knights não se acomodaram e realizaram algumas troca importantes. Dentre as principais perdas, Tomas Tatar e James Neal, que ajudaram o time a chegar tão longe em sua temporada inaugural. Tatar foi para os Habs em troca de Max Pacioretty, que mesmo com um time manco, conseguiu fazer 17 gols em apenas 64 jogos.
Marchessault, Smith e Karlsson fazem uma excelente primeira linha de ataque, e as novas adições melhoram a segunda com Pacioretty e Stastny. Pode não parecer o melhor da liga, mas o ataque de Vegas tem potencial para chegar entre os top 3, se bem trabalhado. Um problema para o time no início da temporada vai ser a perda de Nate Schmidt, que foi punido pela liga por violação da conduta anti-drogas, e não pode jogar as primeiras 20 partidas. Porém, Shea Theodore deve conseguir segurar a onda por um tempo.
Não pode-se esperar que o time surpreenda na mesma proporção que na última temporada, dado a dimensão do ocorrido, mas difícil que alguém tire uma das vagas de playoff deles.
Anaheim Ducks
Os Ducks continuam basicamente com o mesmo time da temporada passada, um time de veteranos que não fica mais novo com o passar do tempo. Dentre as principais ameaças para o time estão seus próprios jogadores. Corey Perry ficará 5 meses afastado por conta de uma cirurgia no joelho. Ryan Kesler voltou ao rink, mas ainda não se sabe ao certo suas condições e quando ele volta a jogar de fato. Patrick Eaves não teve um bom ano, com diversas contusões e o fantasma da síndrome Guillain-Barré sobre sua cabeça. Espera-se que o jogador se recupere bem de todos os problemas de saúde que o tiraram da maior parte da temporada passada, mas ainda assim, é uma incógnita para o time.
Não pode-se esquecer que o time continua com um John Gibson consistente e que teve uma média de .926 defesas na última temporada. E se ele não der conta, o Ryan Miller com certeza entra para fazer um belíssimo trabalho. Se as lesões derem uma trégua, eles podem sim chegar longe nos playoffs. Não se a ponto de uma final, mas dois rounds podem ser bem possíveis.
Calgary Flames
Com um novo técnico tudo é possível, mas pode levar um tempo até que a equipe consiga se adaptar ao novo comando. O time trouxe James Neal e Elias Lindholm para ajudar nas secundárias, mesmo tendo talento para a primeira linha. Tudo isso para tentar melhorar o ataque, que hoje não está longe de ser dos mais eficientes da liga. Gaudreau, Monahan e Tkachuk com certeza são os principais trunfos desse ataque. Provavelmente o time verá uma melhora em pontuação em casa
O que o time com certeza pode esperar é ser mais disciplinado, coisa que os Hurricanes provaram quando tinham Bill Peters como técnico.
Los Angeles Kings
Se a temporada passada foi um aquecimento para essa, é possível ver os Kings indo um pouco mais longe. Kopitar fez sua melhor temporada enquanto Quick voltou a ser o goleiro que todos sabiam que ele era, levando o Jennings Trophy. Porém Vegas acabou logo com as esperanças do time nos únicos 4 jogos de playoffs que a equipe de Los Angeles teve.
A volta de Ilya Kovalchuk para a NHL traz algumas dúvidas. Será que ele continua sendo um dos melhores snipers da liga cinco anos depois? Na KHL ele conseguiu fazer 30 gols na última temporada, será que ele consegue o mesmo na NHL?
O melhor do mundos para L.A é a volta de um Jeff Carter saudável e o retorno do Kovalchuk jogando exatamente como quando ele saiu. Isso combinado com ter sido o melhor time no penalty kill pode gerar bons frutos aos Kings.
Edmonton Oilers
Um nome: Connor McDavid. Porém um nome não faz o time, e parece que os Oilers não conseguiram entender isso nessa intertemporada.
Arizona Coyotes
Com um começo difícil, os Coyotes conseguiram não ser o último time no fim da temporada (título que mantiveram por bastante tempo). Com um grande avanço do meio para o fim da temporada, o time tem potencial se continuar jogando daquele jeito. Se Antti Raanta permanecer saudável, os Coyotes podem esperar não serem os últimos a ganharem seu primeiro jogo. Além disso, duas das adições feitas ao time devem render muitos frutos, Galchenyuk e Grabner prometem ajudar o time num talvez, possível, quem sabe, wild card.
No papel parece possível, no gelo só o tempo dirá…
Vancouver Canucks
A maior perda dos Canucks não foi para um rival, foi para a aposentadoria. Os irmão Sedin serão sem dúvida alguma os que mais farão falta nessa nova temporada. Com um time muito novo e em processo de reconstrução, acho difícil Vancouver chegar aos playoffs. Hovart e Boser tem tudo para fazerem parte da elite da liga, mas isso não acontecerá esse ano ainda. Markstrom e Nilsson conseguem fazer um bom trabalho juntos, mas com certeza Demko fará um trabalho melhor quando a hora chegar.
O maior problema de Vancouver é esse, a hora não chegou para o time, e não deve chegar agora. A reestruturação do time está acontecendo, mas os frutos devem demorar a serem colhidos.