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Draft Class de 2011: onde estão

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Draft Class de 2011: onde estão

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Draft 2011

A loteria de 2011 foi vencida pelo New Jersey Devils, que subiu no ranking da seleção até a quarta posição. Entretanto, a primeira escolha, por sua vez, ficou com o Edmonton Oilers pelo segundo ano consecutivo. No ano anterior a equipe havia selecionado Taylor Hall com a first pick, mas o canadense teve sua temporada encerrada prematuramente devido a uma lesão.  

Antes do draft, que aconteceu no final de semana dos dias 24 e 25 de junho em Minnesota, os três nomes mais cotados para a primeira escolha eram Ryan Nugent-Hopkins, center do Red Deer Rebels da Western Hockey League (WHL), Gabriel Landeskog, left wing do Kitchener Rangers da Ontario Hockey League (OHL) e Adam Larsson do Skelleftea da Swedish Hockey League (SHL).

Seja pelo desempenho no gelo ou as transações que os envolveram, os atletas da classe de 2011 tiveram um grande impacto na NHL. Assim, vamos falar um pouco mais sobre os principais nomes que foram selecionados naquele ano. 

RYAN NUGENT-HOPKINS, C, EDMONTON OILERS (#1 overall): o último dos kid liners

O center canadense iniciou sua carreira na WHL na temporada 2008/2009, marcando seis pontos em cinco jogos como jogador underage. Na temporada seguinte, Nugent-Hopkins anotou 24 gols e 41 assistências em 67 jogos, o que lhe rendeu o prêmio de rookie do ano da liga. Em junho de 2011 o canadense foi selecionado pelo Edmonton Oilers com a primeira escolha do draft, assinando seu primeiro contrato profissional poucos dias depois. Na sua temporada de estreia, RNH marcou 18 gols e 34 assistências, tendo sido indicado ao prêmio de rookie do ano. 

Em Edmonton, ele muitas vezes fez parte da chamada kid line com Jordan Eberle e Taylor Hall, selecionados nos dois anos anteriores pela equipe de Alberta. Ao final da temporada 2012/2013, reduzida pelo lockout, os Oilers anunciaram que Nugent-Hopkins precisaria fazer uma cirurgia no ombro. Naquela mesma intertemporada o center estendeu seu compromisso com Edmonton por mais sete anos, custando 6 milhões anuais. 

Desde então o canadense foi selecionado para o All-Star Game e representou seu país no mundial da IIHF. Com a chegada de Connor McDavid e as mudanças no elenco dos Oilers, Nugent-Hopkins passou a atuar também como left wing na linha de McDavid. Embora não tenha se tornado uma estrela, o canadense é conhecido por seu jogo constante, sendo uma peça secundária importante em sua equipe. Atualmente ele conta com 169 gols e 274 assistências, somando 443 pontos em 604 partidas.

GABRIEL LANDESKOG, LW, COLORADO AVALANCHE (#2 overall): o príncipe sueco das Montanhas Rochosas

Embora o jogador seja sueco, Landeskog mudou-se para o Canadá com 16 anos para atuar pelo Kitchener Rangers da OHL. Durante a temporada 2010/2011 o winger foi nomeado capitão da equipe, se tornando o primeiro europeu na história da franquia a assumir o C. Landeskog terminou a temporada que antecedeu seu draft  com 37 gols em 53 jogos. 

No draft o sueco foi selecionado pelo Colorado Avalanche, assinando seu primeiro contrato profissional logo em seguida. Uma das razões pelas quais Landeskog estreou na NHL imediatamente pode ter sido o chão salarial, já que seu contrato ajudaria a equipe americana a atingir o valor mínimo exigido pela Liga. Entretanto, o sueco excedeu as expectativas e sua campanha de estreia lhe rendeu o Calder, prêmio oferecido ao rookie do ano, após marcar 52 pontos.

Na temporada seguinte Landeskog quebrou um recorde que pertencia a Sidney Crosby, o de jogador mais jovem a se tornar capitão de sua equipe. Com 19 anos, nove meses e 13 dias à época. Entretanto, o sueco perdeu esta honraria quando Connor McDavid se tornou capitão dos Oilers em 2016. Desde sua estreia na NHL Landeskog desenvolveu seu jogo, se tornando uma peça indispensável para a equipe de Denver no gelo e fora dele. 

Com o aumento da competitividade de seu time, o sueco passou a se destacar ainda mais, formando uma das melhores linhas da Liga com Nathan MacKinnon e Mikko Rantanen. No cenário internacional, Landeskog foi medalha de prata pela Suécia nas Olimpíadas de Sochi em 2014, além de ganhar o ouro do mundial da IIHF em duas ocasiões, em 2013 e 2017. Enquanto isso, na NHL o sueco soma 198 gols e 262 assistências, totalizando 460 pontos em 633 jogos.

JONATHAN HUBERDEAU, LW, FLORIDA PANTHERS (#3 overall): bonjour, Florida

O jogador começou sua carreira no major juniors defendendo o Saint John Sea Dogs da Quebec Major Junior Hockey League (QMJHL) em 2009. Na temporada que antecedeu o draft, 2010/2011, ele marcou 43 gols e 62 assistências em 67 jogos, o que lhe colocou no top 3 de patinadores norte-americanos no ranking dos olheiros. Além disso, o canadense foi campeão da Memorial Cup daquele ano, sendo peça importante para a conquista de sua equipe. 

Embora Huberdeau tenha sido draftado em 2011 pelos Panthers, ele disputou apenas partidas da pré-temporada de 2011/2012 antes de retornar à sua equipe da QMJHL. No ano seguinte, entretanto, o jogador passou a integrar o elenco do Florida Panthers após o término do lockout de 2012. Após marcar 14 gols e 17 assistências em 48 jogos (tratava-se de uma temporada reduzida), Huberdeau foi o ganhador do Calder no NHL Awards daquele ano.

Desde então o winger vem tendo uma posição de destaque na equipe da Flórida, especialmente na primeira linha do time juntamente com Aleksander Barkov. Em 2016 Huberdeau assinou um novo contrato com os Panthers, por um salário de aproximadamente 5,9 milhões anuais por seis anos. Além disso, em novembro de 2019 o canadense passou Stephen Weiss e atualmente é detentor do recorde de mais assistências na história da franquia. Em 536 partidas, Huberdeau tem 148 gols e 289 assistência, somando 437 pontos.

SEAN COUTURIER, C, PHILADELPHIA FLYERS (#6 overall): o banguela de Broad Street

Em sua primeira temporada na QMJHL Couturier fez parte da campanha vitoriosa do Drummondville Voltigeurs, que venceu a competição. No ano seguinte, 2009/2010,  o center venceu o prêmio de maior pontuador da Q, sendo o jogador com o menor número de pontos a vencê-lo na história do troféu. Já em seu ano de elegibilidade, o canadense contraiu mononucleose, doença esta que não diminuiu sua efetividade no gelo, já que ele teve a mesma quantia de pontos do ano anterior em menos partidas.

A escolha usada por Philadelphia para selecioná-lo era na verdade do Columbus Blue Jackets, tendo sido adquirida na troca que levou Jeff Carter para Ohio e trouxe Jakub Voracek para Philly. Em seu início de carreira com os Flyers, o center tinha um papel mais defensivo, especialmente no penalty kill da equipe. Sua importância para o time veio à tona especialmente no duelo entre os Flyers e os seus arquirrivais Pittsburgh Penguins nos playoffs de 2012. Couturier, que tinha 19 anos à época, foi encarregado com a tarefa de anular Evgeni Malkin, então vencedor do Art Ross. 

Ainda que tenha desenvolvido uma reputação como um center defensivo, o canadense só começou a desenvolver sua ofensa quando passou a atuar na primeira linha dos Flyers, com Claude Giroux e Jakub Voracek. Desde então Couturier tem sido destaque entre os centrais da Liga, e conquistou sua primeira indicação ao Selke em 2018. O canadense soma 402 pontos em 647 partidas.

JOHN GIBSON, G, ANAHEIM DUCKS (#39 overall): um pato que voa solo

Como é de praxe para os atletas americanos, o goleiro fez parte do USA Hockey National Team Development Program (USNTDP). Durante o programa Gibson fez um compromisso com a Universidade de Michigan, tradicional pelo hockey universitário. Entretanto, o jogador decidiu abrir mão de sua elegibilidade perante a NCAA para jogar pelo Kitchener Rangers da OHL.

Gibson fez sua estreia profissional pelo Norfolk Admirals da American Hockey League (AHL) em abril de 2013, depois de jogar por mais dois anos na OHL. No mesmo mês do ano seguinte, o goleiro participou de sua primeira partida na NHL, substituindo o então goleiro dos Ducks, Frederik Andersen, e conseguindo um shutout. Durante a pós-temporada daquele ano Gibson também conseguiu um shutout na sua estreia, em uma partida contra o Los Angeles Kings.

O americano disputou a vaga de titular do gol de Anaheim com Andersen até o dinamarquês ser trocado para o Toronto Maple Leafs, em 2016. Dois anos depois, os Ducks estenderam o contrato de Gibson por mais oito anos, com um salário de 6,4 milhões anuais. Em 287 partidas, o goleiro tem uma porcentagem de .918, com uma média de 2.53 gols sofridos por jogo e 19 shutouts. Gibson foi selecionado como All-Star em 2016 e 2019, além de ter sido o recipiente do troféu William M. Jennings, para o goleiro que, em pelo menos 25 partidas, sofreu a menor quantidade de gols.

NIKITA KUCHEROV,  RW, TAMPA BAY LIGHTNING (#58 overall): um superstar russo em Tampa Bay

O russo iniciou sua carreira profissional no CSKA Moscou da Kontinental Hockey League (KHL), onde atuou até 2012. Com a finalidade de se acostumar com as diferenças na América do Norte, o winger passou a atuar na QMJHL com o Quebec Rampants e depois com o Rouyn-Noranda Huskies. Na temporada 2013/2014, após uma breve passagem pelo Syracuse Crunch da AHL, o russo estreou na NHL em 2013, marcando seu primeiro gol contra Henrik Lundqvist do New York Rangers.

Após uma primeira temporada tímida, com apenas 18 pontos, Kucherov desabrochou ofensivamente, marcando 65, 66 e 85 nos três anos seguintes. Na temporada 2017/2018, o winger conseguiu atingir a marca dos 100 pontos, superada no ano seguinte, quando alcançou 128. Embora Kucherov tenha um desempenho estelar durante a temporada regular, suas atuações na pós-temporada já foram alvos de críticas, especialmente após o Lightning ser varrido pelo Columbus Blue Jackets nos  playoffs em 2019.

Entretanto, o russo já tem uma prateleira de troféus invejável. Foi ganhador do Art Ross, Hart Memorial e Ted Lindsay em 2019. Além disso, Kucherov já representou Tampa Bay em três All-Star Games diferentes, em 2017, 2018 e 2019. O russo tem impressionantes 547 pontos (221 gols e 326 assistências) em 515 jogos em sua carreira na NHL.

JOHNNY GAUDREAU, LW, CALGARY FLAMES (#104 overall): Johnny Hockey em chamas

Ao contrário de Gibson, por exemplo, o pequeno winger apelidado de Johnny Hockey não fez parte do programa de desenvolvimento da USA Hockey. Gaudreau jogou sua temporada de elegibilidade para o draft com o Dubuque Fighting Saints, da United States Hockey League (USHL). Ele foi selecionado apenas no quarto round pelos Flames, além de ter sido o menor atleta a ser escolhido por uma das equipes, com aproximadamente 1,68 de altura. 

Após terminar o colegial, Gaudreau fez parte do training camp dos Flames e, em seguida, iniciou sua carreira universitária. Enquanto calouro do Boston College Eagles, Johnny Hockey marcou 21 gols e 23 assistências em 44 jogos, liderando em pontuação os outros calouros. Gaudreau foi parte importante para o título nacional dos Eagles, além de ter recebido o prêmio de MVP do torneio. Além disso, ele contribuiu para a vitória de BC no tradicional Beanpot, torneio entre as universidades da região de Boston, do qual também foi MVP.

Nos dois anos seguintes Gaudreau se tornou a verdadeira estrela da equipe, fazendo com que, em 2014, ele se tornasse o vencedor do troféu Hobey Baker, dado ao melhor jogador universitário da NCAA. Logo após o final da temporada universitária o americano assinou seu primeiro contrato profissional com Calgary. Nos Flames ele se tornou a estrela da equipe, com pontuações indo dos 61 aos 99 pontos, marca esta alcançada no último ano. 

Gaudreau estendeu seu compromisso com o time de Alberta em outubro de 2016, após longas discussões contratuais que fizeram com que ele perdesse o training camp. Calgary teria Johnny Hockey por mais seis anos, com um salário anual de cerca de 6.75 milhões. Em sua carreira na NHL Gaudreau tem 445 pontos (151 gols e 294 assistências) em 464 partidas.

Menções honrosas: 

Adam Larsson, D, New Jersey Devils (#4) – atualmente jogador do Edmonton Oilers

Larsson foi trocado por Taylor Hall (Oilers) na intertemporada de 2016, causando revolta no Twitter.

Mika Zibanejad, C, Ottawa Senators (#6) – atualmente jogador do New York Rangers

Pouco antes da temporada ser interrompida devido à pandemia do novo coronavírus, Zibanejad fez história na NHL ao marcar cinco gols em uma única partida.

Mark Scheifele, C, Winnipeg Jets (#7) 

Scheifele foi a primeira escolha dos relocados Jets, quando a equipe retornou para Winnipeg, deixando de ser o Atlanta Thrashers.

Dougie Hamilton, D, Boston Bruins (#8) – atualmente jogador do Carolina Hurricanes

Antes de virar peça importante para a blue line  dos Canes, Hamilton jogou por três temporadas em Calgary.

Brandon Saad, C, Chicago Blackhawks (#43) 

O atleta foi campeão da Stanley Cup em duas ocasiões diferentes pelos Hawks, antes de ser trocado para Columbus. Em 2017 retornou a Chicago através de uma troca que mandou Artemi Panarin para os Blue Jackets.

William Karlsson, C, Anaheim Ducks (#53) – atualmente jogador do Vegas Golden Knights 

O sueco foi exposto ao draft de expansão em 2017, quando era jogador do Columbus Blue Jackets. Em Vegas, Karlsson entrou no ponto alto de sua carreira e passou a atuar como o 1C dos Knights, chegando à final da Stanley Cup no primeiro ano da franquia.

Vincent Trocheck, C, Florida Panthers (#64) – atualmente jogador do Carolina Hurricanes

O americano representou os Panthers no All-Star Game de 2017. Na trade deadline de 2020 foi trocado para Carolina por Erik Haula, Lucas Wallmark, dentre outras peças.

Jordan Binnington, G, St. Louis Blues (#88)

O goleiro, em seu primeiro ano na NHL, foi peça chave para a conquista da primeira Stanley Cup da história da franquia de Missouri.

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