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Como funciona a arbitragem salarial na NHL?

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Como funciona a arbitragem salarial na NHL?

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Explicação de como funciona a arbitragem salarial na NHL

O mecanismo é utilizado para solucionar controvérsias entre duas partes que não chegam a um acordo entre elas. Assim, um terceiro ouve as duas partes e toma uma decisão da maneira mais imparcial possível. No caso da NHL, esse terceiro é um árbitro credenciado tanto pela Liga quanto pela NHLPA (NHL Players Association, o sindicato dos jogadores). A arbitragem é, portanto, uma maneira muito comum de se resolver negociações salariais.

Quem pode requerer a arbitragem?

Tanto o clube quanto o jogador podem usar o mecanismo como uma forma de resolver disputas salariais. O time pode levar um jogador para a arbitragem uma vez em sua carreira. Além disso, não pode requerer uma redução salarial menor do que 15%. Isso se aplica mesmo se o atleta trocar de equipes durante sua carreira profissional. No entanto, uma vez utilizado por um dos clubes para os quais ele jogou, o próximo não poderá fazê-lo. Por fim, os clubes só podem requerer a arbitragem salarial apenas duas vezes por temporada.

Quanto à elegibilidade dos jogadores, eles precisam necessariamente ser restricted free agents, que explicamos aqui quem são. Também devem seguir a tabela abaixo:

Idade do atleta no primeiro contratoMínimo de experiência profissional exigida
18-20 anos4 anos de experiência profissional
213 anos de experiência profissional
21-232 anos de experiência profissional
24+1 ano de experiência profissional

A questão da experiência profissional é calculada da seguinte forma (também explicado aqui):

  • quando o jogador tem 18 ou 19 anos, ele precisa atuar em dez ou mais jogos da NHL em uma temporada;
  • quando o jogador tem 20 anos ou mais, ganha um ano de experiência jogando 10 ou mais jogos profissionais sob um contrato standard em uma temporada. Aqui também se encaixa o jogador que completa 20 anos entre 16 de Setembro e 31 de Dezembro.

E como funciona?

Quando o jogador é elegível para a arbitragem, ele tem o direito a uma audiência perante um árbitro independente. Nessa situação, tanto o atleta quanto o clube enviam suas pretensões salariais. O profissional, então, toma uma decisão. O contrato pode ter a duração de um ou dois anos, o que é decidido pelo clube. Uma vez decidido um valor, já se trata de um contrato oficial, a não ser que o valor passe de $4,084,219. Nesta situação, a equipe tem 48 horas para desistir do acordo e abrir mão dos direitos sobre o jogador. Como resultado, ele se transforma em um unrestricted free agent.

Ocorre que, a partir do momento que a situação chega no ponto da audiência, o relacionamento entre clube e jogador pode estar tão comprometido ao ponto de ser irreparável. Na audiência, geralmente o time basicamente lista os porquês de não acreditar que o atleta vale o dinheiro que está pedindo. Além disso, a incerteza de um valor complica o planejamento interno do clube, que tem um teto salarial na temporada e deve cumpri-lo. Entretanto, na maioria dos casos, a discussão salarial não chega na audiência arbitral. As duas partes chegam em um acordo antes de ela ser necessária.

Casos recentes que envolveram arbitragem

Na última off-season, William Karlsson, center de Vegas, entrou com o pedido de arbitragem salarial. O caso do sueco é peculiar. Ele foi de um jogador bottom six e dispensável em Columbus (a equipe de Ohio abriu mão do jogador no draft de expansão) para a primeira linha dos Golden Knights. Por ter mais minutos no gelo e companheiros de linha com habilidades melhores, a sua produção superou todas as expectativas possíveis. Sendo assim, chegou à marca de 43 gols. Neste caso, felizmente, clube e atleta chegaram em um acordo antes da necessidade de uma audiência.

Por outro lado, o Ottawa Senators não conseguiu chegar a um acordo com Cody Ceci e Mark Stone antes das datas das audiências. A questão do desgaste entre clube e atleta ficou clara no caso de Stone. O jogador, por fim, foi trocado para Vegas na trade deadline e assinou sua extensão com a equipe de Nevada. Ceci, por sua vez, continua sendo RFA e tendo direito à arbitragem salarial mais uma vez, e o seu futuro ainda é incerto.

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