Prévia 2018-19: Divisão Metropolitana

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A Divisão Metropolitana levou as últimas três Stanley Cups. Mais precisamente, os Penguins (2016, 2017) e os Capitals (2018) foram responsáveis por esse monopólio, que não acontecia desde os anos 80, quando Calgary e Edmonton combinaram na conquista de quatro títulos da NHL.

Em 2019, algumas equipes têm boas chances de brigar para manter a taça na divisão por mais um ano. Enquanto outras precisam melhorar muito para sequer sonhar com uma vaga nos playoffs.

Washington Capitals

Defender o título não é coisa fácil. Os Caps vêm de um verão de muita festa e devem começar a nova temporada com entusiasmo. Com um dos elencos mais velhos na NHL, no entanto, fica a dúvida se eles conseguirão manter o ritmo por muito tempo.

Washington volta praticamente com o mesmo elenco campeão. Subtraído de Jay Beagle e Philipp Grubauer, e sem grandes adições na intertemporada. Na falta de reforços, principalmente na defesa, qualquer lesão, ou suspensão (ahem, Tom Wilson), pode ser um obstáculo significativo para a equipe durante o ano. Porém, com enorme poder ofensivo, nas mãos de Alex Ovechkin, Evgeny Kuznetsov, Nicklas Backstrom, Lars Eller, T.J. Oshie e Andre Burakovsky (para citar alguns), o time não deve ter problemas para ultrapassar mais uma vez os 100 pontos na temporada regular.

Pittsburgh Penguins

Duas taças nos últimos três anos. Três, nos últimos dez. É difícil não colocar os Penguins entre os favoritos mais uma vez. A eliminação para o “freguês” – que acabou campeão – nos playoffs não era esperada e pode servir de motivação extra para a equipe este ano. Pittsburgh chega tão forte e perigoso quanto nas temporadas passadas. Tem um dos melhores ataques na liga e uma defesa que não deixa a desejar.

Seguindo a tendência dos últimos anos, os Pens devem começar a temporada sem muito destaque, para disparar nos meses anteriores aos playoffs. E não há dúvida de que o time pode em poucas semanas tirar diferenças significativas na tabela e chegar à liderança. Sidney Crosby e Evgeni Malkin já são sinônimos de excelência. Outros como Jake Guentzel, Phil Kessel, Derick Brassard e Kris Letang não ficam para trás. Quem ainda tem o que provar é Matt Murray, que teve um trabalho difícil na última temporada para atender às expectativas deixadas por Fleury.

Philadelphia Flyers

Os Flyers fizeram uma adição importante nessa intertemporada, e não estamos falando daquele mascote medonho. James Van Riemsdyk está de volta à Philly, equipe que o draftou em 2007 (2ª escolha overall), para complementar o ataque da equipe. JVR  Ao seu lado estarão nomes como Claude Giroux, que terminou a última temporada parecendo anos mais jovem, Jakub Voracek e Sean Couturier.

Para um time que chegou aos playoffs nas últimas seis temporadas, o cenário parece promissor. A equipe teve um dos menores índices de tiros à gol contra na última temporada. E isso foi graças a nomes como Ivan Provorov e Shayne Gostisbehere na defesa. O problema é quando esses poucos tiros são o suficiente para o adversário vencer as partidas. Não podemos reclamar muito da competência de Brian Elliot ou Michal Neuvirth no gol, mas não é como se algum deles estivesse ajudando o time a passar dos primeiros rounds na pós-temporada… É muito cedo para colocar o goleiro novato Carter Hart como esperança para os Flyers?

Columbus Blue Jackets

Na última temporada foi a primeira vez na história dessa jovem franquia que os Jackets chegaram aos playoffs, por dois anos consecutivos. Da última vez, ainda chegaram perto de ganhar a primeira série do time na pós-temporada (sim, os Jackets são os únicos na NHL atualmente a ainda não ter passado da primeira rodada dos playoffs).

Apesar das movimentações durante as férias, a equipe ainda conta com muito talento para o técnico John Tortorella explorar. Artemi Panarin teve 82 pontos em 81 jogos na temporada regular, ao lado de Pierre-Luc Dubois e Cam Atikinson na primeira linha. O experiente goleiro, duas vezes vencedor do troféu Vezina, Sergei Bobrovsky, também está de volta para mais um ano com a equipe. Mesmo com alguma incerteza quanto ao futuro de alguns desses jogadores na equipe, Columbus deve se apoiar em suas estrelas para tentar ir além na pós-temporada.

Carolina Hurricanes

Desde que Tom Dundon comprou a franquia da Carolina, ainda na última temporada, muitas mudanças aconteceram. O técnico Rod Brind’Amour, ex-Hurricane, é uma das caras novas que chegam para consolidar essa nova era da equipe. A intertemporada também foi cheia de atividade para renovar o elenco da equipe da Carolina do Norte.

Depois de tantas movimentações, e ainda com uma defesa que, como um todo, pode ser considerada uma das melhores na liga, os Canes parecem uma aposta promissora para disputar a última vaga dos playoffs pela divisão Metropolitana. Seria a primeira vez em oito anos que o time passaria da temporada regular.

New Jersey Devils

Os Devils se despediram de Patrick Maroon, Micheal Grabner, Brian Gibbons, Jimmy Hayes e John Moore nessa intertemporada. Agora, mais do que nunca, podemos perguntar o que é New Jersey além de Taylor Hall?

A equioe ficou de fora dos playoffs por pouco no último ano. Mas é surpreendente que o time não tenha trazido nenhum reforço para tentar não ficar no “quase” este ano. Nico Hischier e os outros “novinhos” devem continuar se desenvolvendo para concretizar o plano de Ray Shero. Apesar da temporada espetacular que Hall teve em 2017-18, não dá para contar com ele sozinho para carregar a equipe à pós-temporada e além. Os playoffs agora parecem um sonho mais distante para NJ.

 

New York Rangers

Ficar de fora dos playoffs pela primeira vez em oito anos pode ter sido um choque para o torcedor dos Rangers, num primeiro momento. A equipe declarou que está em fase de reconstrução, e a temporada atual não é uma prioridade. Talvez as baixas expectativas acabem por surpreender no final.

New York Islanders

Calma, fãs dos Isles. Existe vida além do John Tavares.

Para começar, Matthew Barzal deve ter um segundo ano tão bom quanto o primeiro. Barry Trotz chega ao comando da equipe depois de levar os Caps à Stanley Cup. Não é tarefa fácil substituir um jogador e capitão como Tavares, e muitos aspectos técnicos ainda precisam de muito trabalho. Mas as coisas parecem promissoras para essa nova era do time, que acaba de começar. Para este ano, podemos esperar uma campanha ao menos mediana na temporada regular.