Pode ter sido Dia dos Namorados aqui no Brasil, mas quem comemorou mesmo foi o St. Louis Blues, que venceu e levantou a primeira Stanley Cup da história da franquia.
Noite de quarta-feira (12). Jogo 7. St. Louis Blues, que até o início de janeiro estava em último lugar na liga, surpreende, dá a volta por cima e chega às finais do campeonato.
Depois de 49 anos, os Blues chegaram em mais uma final de playoffs. Ironicamente, contra o mesmo time que foi seu adversário em 1970, o Boston Bruins. As expectativas eram altas; ganhar esse campeonato significava muito para o time, afinal seria se tornar pela primeira vez campeão da Stanley Cup. Mas os Blues não se deixaram abalar, mantendo a garra até o final, para enfim vencer por 4 a 1 o time da casa, levantando a Stanley Cup.
Blues 4, Bruins 1
O time do Missouri estava indo bem nessa última série. Vinha com 2 vitórias consecutivas e só precisavam ganhar o Jogo 6. Mas os Ursos pressionaram e conseguiram um Jogo 7. Partida marcada e o próximo a ganhar seria o campeão.
No primeiro período os Bruins até tentou, fez um jogo mais ofensivo, muitos tiros a gol, mas ainda assim não foi o suficiente.
Por outro lado os Blues marcaram duas vezes. O primeiro ficou por conta de Ryan O’Reilly. O segundo gol, aos 19:52 foi o capitão Alex Pietrangelo quem mandou para dentro, fazendo 2-0.
O segundo período foi mais tranquilo e nenhum dos dois times marcaram. No terceiro período o campeão do troféu Clarence S. Campbell atacou novamente. Dessa vez quem marcou foi Brayden Schenn, com assistências de Vladimir Tarasenko e Jaden Schwartz. Quem fechou com chave de ouro o placar foi Zach Sanford aos 15:22.
Jordan Binnington foi espetacular e defendeu 32 dos 33 shoots feitos pelo time da casa. O goleiro deixou passar somente um tiro de Matt Grzelcyk no final do terceiro período. Jogo finalizado, o placar era 4-1 e o St. Louis Blues se tornou pela primeira vez campeão da Stanley Cup.
Conn Smythe Trophy
O center O’Reilly teve motivo em dobro para comemorar. Responsável por 5 gols nos últimos quatro jogos, o canadense levou o troféu Conn Smythe, dado ao jogador considerado “mais valioso” dos playoffs. Ryan foi o primeiro jogador desde Wayne Gretzky a marcar em quatro jogos consecutivos em uma Final da Stanley Cup.
História no gelo
Em novembro, o Blues demitiu o técnico Mike Yeo. Consequentemente, Craig Berube acabou por assumir, como interino, até que a equipe nomeasse oficialmente alguém para o cargo.
Ainda assim o time continuava indo de mal a pior. Até janeiro, quando Berube decidiu arriscar e colocar o novato Jordan Binnington para jogar.
O que ninguém esperava aconteceu; Binnington mostrou que estava ali para vencer. Do dia 23 de janeiro a 19 de fevereiro foram 11 vitórias consecutivas. O time se tornou tinha o segundo melhor recorde de vitórias da NHL.
Técnico novo, goleiro novo e equipe ganhando. Essa era a receita que o time precisava para levantar os ânimos e chegar nos playoffs.
Sobre a mudança do Blues dentro e fora do gelo, você pode ler mais nessa análise que conta um pouco mais a história dessa temporada.
Amuleto da sorte?
A noite foi inesquecível também para (e por conta de) a menina Laila Anderson, que ficou conhecida após um vídeo gravado por sua mãe ser tornar viral. No vídeo, Laila, que luta contra uma doença rara, a Linfohistiocitose Hemofagocítica (LHH), descobre que está liberada pelos médicos para ir aos jogos dos playoffs.
A super fã do time foi convidada pelos jogadores a voar para Boston e participar do Jogo 7. Não só isso, ela também foi convidada pelos jogadores a entrar no gelo e beijar a tão sonhada Stanley Cup. Sem dúvidas, o Blues marcou a vida dessa menina, que com certeza será lembrada na história do St. Louis Blues como um amuleto da sorte.
Foto: Reprodução/NHL.com
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[…] que 2020 seria “o nosso ano”. Ou talvez devêssemos culpar os Blues. Depois daquela Stanley Cup o mundo nunca mais foi o […]
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