O conselho do Mundial de Hockey, da Federação Mundial de Hockey no Gelo (IIHF, sigla em inglês), votou na segunda-feira, dia 18 de janeiro, para mudar a localização da competição em meio a instabilidade política em Belarus. O país co-receberia os jogos em 2021 juntamente com a Letônia.
Aleksandr Lukashenko está no poder em Belarus há 26 anos. No entanto, apesar de ter realizado uma eleição presidencial em agosto do ano passado, a qual venceu com 80% dos votos, a União Europeia não reconheceu os resultados da votação.
O país está fervilhando em conflitos internos desde essa última eleição. O líder bielorusso vem reprimindo fortemente os protestos, há relatos de inúmeras violações de direitos humanos e opressão da população. Além disso, suas atitudes frente à pandemia da covid-19 abalaram a permanência do torneio em solo belarusso.
A IIHF alegou que, por questões de segurança dos jogadores, das equipes técnicas, oficiais e dos torcedores, resolveu retirar o Mundial que seria co-sediado em Minsk, capital da nação. O segundo país, Letônia, ainda está sendo considerado pelo conselho para sediar sozinho os jogos.
A decisão aconteceu depois que grandes marcas como a Nívea ameaçaram retirar o patrocínio da competição. A maior patrocinadora do torneio, a montadora tcheca Skoda, foi categórica alegando que deixaria tal posição se a Federação mantivesse a sede.
Eslováquia, Rússia, Dinamarca e República Tcheca, local que sediou o Mundial Júnior de 2020, além da própria Letônia, se ofereceram para sediar o torneio. No entanto, a Rússia está proibida de receber o torneio até dezembro de 2022, como punição pelos escândalo de doping.