Entrevista: Thiago Simões

Cabine de voice-over durante transmissão de hockey nos estudios da ESPN em São Paulo

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Hockey na ESPN Brasil já é uma coisa comum para nós. Aguardamos semanas até o jogo do nosso time ser transmitido e, quando acontece, não perdemos a chance de assistir. Entretanto, as transmissões na TV como temos hoje nem sempre existiu. 

Em 2010, a ESPN Brasil anunciou a volta do hockey para a grade. Pela primeira vez em 6 anos, o esporte voltava à programação da emissora. Isso porque após a Final da Stanley Cup entre Tampa Bay Lightning e Calgary Flames em 2003-04, quando o time da Flórida conquistou a taça, a Liga entrou em lockout, que durou a temporada inteira. Por coincidência ou não, aquela também foi a última temporada transmitida pela ESPN no Brasil.

Após este hiato que deixou o telespectador brasileiro órfão do esporte, a temporada 2010-11 chegou para ser transmitida no Brasil. Porém, o esporte só ganhou destaque durante os playoffs, quando os jogos ficam mais competitivos e mais atrativos para os torcedores nacionais. 

Naquele ano, a final da Stanley Cup foi disputada entre Boston Bruins e Vancouver Canucks, que teve o time de Boston como o grande campeão. Com o destaque que a ESPN Brasil deu para a competição, muitos fãs do hockey aqui no Brasil tiveram a oportunidade de conhecer nosso amado esporte e acompanhar a sua primeira final do campeonato.

O NHeLas decidiu homenagear as transmissões no canal como parte do 10 for 10 de março, mês em que celebramos e relembramos o ano de 2011.

Batemos um papo com o Thiago Simões, da ESPN Brasil, que nos contou um pouco da experiência de trabalhar com o hockey no canal e sua relação com o esporte.

Thiago é jornalista esportivo e, assim como nós, fã de hockey. Ele tem sido um dos defensores da modalidade aqui no Brasil, enxergando o potencial que nosso país tem de atrair cada vez mais fãs para o esporte. Atualmente ele é comentarista na emissora e tem um canal no youtube no qual fala sobre esportes e games.  

(A transcrição foi editada para maior clareza)

Antes da estréia no final de 2010, a última transmissão de jogos no Brasil tinha sido a final da Stanley Cup da temporada 2003-04. Como foi passar a transmitir a NHL após tantos anos?

Para mim foi sensacional, porque eu era um espectador. Eu gravava os jogos na década de 1990, tenho muitos jogos gravados em fitas. Inclusive preciso encontrar essas fitas para transformar tudo em meio digital, né? Mas foi uma sensação maravilhosa, porque além de jornalista, sempre gostei de hockey. As pessoas achavam que eu era louco (por) gostar de hockey. Hoje eu provo totalmente o contrário, é um dos motivos do meu ganha pão.

Como surgiu o interesse da emissora para passar a transmitir os jogos?

Não faço ideia, acho que só a televisão vai conseguir responder isso para vocês. Mas o que eu escuto hoje em dia, e que pesa bastante, é o fato da gente ter os quatro (grandes) esportes americanos. É o que enriquece a marca ESPN. Mas não é o posicionamento da empresa, esse é um posicionamento meu. 

Como aconteciam as transmissões no início?

As transmissões no início eram um pouco mais simples. De certa forma, existia uma produção muito grande por trás de tudo isso, mas não eram muito diferentes do que a gente encontra hoje em dia. Não tem uma grande diferença. A transmissão no início era um pouco mais crua, a gente não sabia como lidar com o espectador.

Hoje em dia, a gente já sabe como lidar um pouco mais com o espectador, principalmente o que eles estão afim de escutar. É lógico que a gente tem que manter sempre a didática, acho que isso é muito importante para que as pessoas possam cada vez mais conhecer o hockey. 

Muitos fãs pediam para as transmissões voltassem ao ar. Como foi enfim atender aos pedidos? 

No começo, o pessoal ficou bem feliz. A gente tinha um “Mural ESPN”, (na época) não existia redes sociais da forma que é hoje. Até existia rede social, mas o pessoal usava muito o “Mural ESPN”. O pessoal gostava muito, ficava feliz.

O hockey não é um esporte tão difundido aqui no Brasil, é um esporte muito de nicho então não eram tantas as pessoas que se pronunciavam e entravam no “Mural ESPN”.

Os playoffs daquele ano ganharam destaque. Como foi essa cobertura? 

Foi espetacular! A oportunidade de fazer uma primeira final de Stanley Cup. A gente ainda (está) em busca de fazer in loco, quem sabe um dia isso possa acontecer. Não dá pra descrever, eu me emocionei muito, chorei pra caramba. O Ari (Aguiar) também chorou, foi espetacular, sem palavras.

Tem alguma história curiosa sobre aqueles playoffs?

Eu não vou lembrar de cabeça, teria que dar uma pesquisada, mas com certeza passar as madrugadas, às vezes passando prorrogações infinitas, sem saber a hora em que ia acabar, era sensacional.

A gente ficava desesperado, ao mesmo tempo a gente queria que o jogo continuasse, a gente queria que o jogo acabasse. Porque é muito desgastante, a pessoa acha que é simplesmente sentar lá e falar e não é só isso. É muito desgastante para o psicológico ficar duas horas sentado. Imagina no hockey que são pelo menos 2h30 a 3h, numa prorrogação, num jogo totalmente emotivo, que você tem que passar esse tipo de emoção para as pessoas.

Apesar de ser transmitido há alguns anos, o esporte ainda não tem o mesmo público que as outras ligas americanas aqui no Brasil. Quais as dificuldades enfrentadas no início e os obstáculos que ainda existem?

Bom, a grande dificuldade eu acho que fica principalmente por ser um esporte de uma cultura totalmente diferente. A gente não tem a mesma cultura de andar sobre patins no gelo. Jogar hockey não é uma coisa comum aqui. Mas aí as pessoas vem me falar “ah, mas o futebol americano também não é praticado aqui.” Sim, mas com uma bola e um parque você consegue jogar futebol americano. Você consegue jogar futebol americano com o seu filho, eu fiz isso, eu estou fazendo nesses dias de quarentena aqui dentro de casa, aqui no corredor a gente fica jogando bola um pro outro.

No hockey não dá para fazer isso. Você precisa ter um local específico para isso. Eu acho que a dificuldade enfrentada no início era exatamente mostrar que a gente tinha vindo para ocupar um espaço importante na TV, e os obstáculos que ainda existem ficam muito relativos ao preconceito.

O preconceito não só do pessoal de fora, mas o preconceito também que existe dentro das redações. Praticamente o que se notícia de hockey é briga, é “pontapé”. E a gente sabe que o hockey não é isso, a gente conhece o hockey, e só com tempo a gente vai conseguir mudar (esse estereótipo). Quanto mais vezes passar isso na televisão, mais vezes a gente vai mostrar que não é só briga, e mostrar que a briga é algo cultural.

Já mostrei isso em alguns vídeos do YouTube, não é tão simples de explicar para as pessoas. Tem pessoas que não gostam de brigar, né? A gente tem que entender isso. Mas quem sabe com o tempo, porque ele tem uma aproximação muito grande com o futebol: ver quem marca mais gols. E eu acho que tem algo que se perdeu muito no futebol, que é a paixão. O hockey tem uma paixão, o jogador se dedica 100%, porque se você não se dedicar 100% você acaba se dando muito mal.

Como você se preparou para as primeiras transmissões? Teve mudanças neste processo ao longo dos anos? 

Eu nunca me esqueço da primeira transmissão, em que a gente acabou tendo muitas informações americanas. Temos direito aos game notes, que dá cerca de 90 páginas. Eu lembro que na minha primeira transmissão, não me pergunte qual foi o meu primeiro jogo, porque eu não vou lembrar. É uma coisa que eu deveria saber, né? Mas eu lembro que daquelas 90 páginas, eu transformei em umas 100, 150 para estudar. E aí chegou na transmissão, eu não consegui usar nada daquilo porque a gente se sente totalmente perdido, não sabe nem por onde começar.

Então eu comecei a filtrar as informações mais importantes, e eu lembro que no início eu trazia muitas curiosidades. Porque o Diogo (Novaes) era um cara que tinha vivido nos Estados Unidos, ele tinha aquela pegada mais Paulo Antunes de conhecer o jogo em si. Eu era apenas uma pessoa que era apaixonado pelo esporte, mas que era jornalista. Então eu trazia um outro viés para transmissões. Da mesma forma que o Diogo trazia muitas informações estatísticas, eu trazia essas curiosidades, e com o passar do primeiro ano, até o segundo, cada um já mesclava um pouco de cada uma (dessas informações).

Foi basicamente assim que começaram as transmissões de hockey. E com o Ari sempre foi muito mais fácil fazer isso, porque o Ari sempre foi uma pessoa muito aberta para a brincadeira. Com o passar do tempo, vivendo a Liga todos os dias, você acaba de uma certa forma diminuindo o número de estudo, focando no que é mais importante, mas não deixando de lado o fã de esportes que tá aprendendo sobre o hockey.

Então a minha preocupação hoje em dia é trazer informações bem básicas. Uma metodologia que eu tento utilizar agora que é trazer informações mais básicas, brincar bastante para deixar a transmissão com entretenimento para ver se as pessoas conseguem gostar do esporte. E aí quando chega nas cabeças, final de Conferência, final de temporada, eu já entro no âmbito de estratégia, de estatística. Ou seja, eu tento focar um pouco mais no que o fã do esporte que é hardcore busca. Mas a gente tem que tomar muito cuidado com isso, porque ao trazer ali informações hardcore e complexas, você afasta as pessoas. 

Existe algum ritual específico antes de cada transmissão? 

Não, não tem nenhum ritual. Eu sou muito tranquilo, não tento buscar um ritual para fazer. Que eu me lembre agora não tem nada de específico, só a preparação diária. Geralmente eu estudo de manhã, quando eu acordo. E aí eu dou um respiro, e no final do dia volto a estudar de novo. Começo o estudo vendo jogos anteriores, no meio do estudo pego estatísticas e no final busco notícias mais recentes. Basicamente é isso.

Qual a maior dificuldade que você tem ao se preparar para cada jogo?

A maior dificuldade é estar 100% saudável. Quantas vezes a gente já esteve com febre, não esteve com um bom humor e tinha que trazer alegria, né? Porque a gente vende um sonho e às vezes a gente não tá 100% mentalmente, 100% fisicamente. Eu acho que esse é o grande desafio. Às vezes porque a pessoa enxerga a gente na televisão e acha que a gente é aquilo. Mas não, eu sou pai, tenho um filho. O Ari tem família dele, tem as preocupações extras dele. Não cabe aqui falar quais são, mas a gente tem nossas preocupações e, infelizmente, as pessoas deixam isso de lado e acreditam que a gente é exatamente aquilo que aparece.

Eu principalmente, tento ser a mesma pessoa em todos os ambientes. As meninas (do NHeLas) me conhecem muito bem e elas sabem quem eu sou naturalmente. Eu tento ser da mesma forma no ar, e o Ari também é assim. Mas às vezes não é fácil. Quantas vezes a gente não tem uma dificuldade para fazer uma transmissão por causa de um problema extra? Mas a gente tem que fazer tudo no nosso melhor. A gente recebe para isso, mas é não é nada fácil.

A liga possui 31 times, como é decidido quais partidas serão transmitidas?

Eu sento com o responsável pela programação todo mês, a gente recebe uma lista dos jogos que tem disponível, e definimos quais serão. Como é que é feito isso? Você imagina ter que prever qual é o jogo melhor para daqui um mês? Não é nada fácil, né? A gente tem que levar em consideração o posicionamento dos times na tabela. Além disso, como a gente não tem tanta audiência, ficamos refém dos horários disponíveis. 

Então, como é que funciona: essa semana a gente tem disponibilidade de horário terça-feira às 9 horas da noite, quinta-feira às 10 horas da noite e sábado às 6 horas da noite. A gente tem que saber quais são os melhores jogos que se encaixam nesse horário, e então utilizamos a premissa de quais times estão melhores qualificados e, na segunda forma de analisar, caso não tenha muitos jogos bons, a gente tenta pegar os times mais tradicionais. 

Às vezes a pessoa reclama “ah, eu não tô vendo o Los Angeles Kings na televisão”. Cara, tem que conciliar… O horário dentro desses horários descritos tem o Los Angeles Kings? Não. O time tá bem? Não. Então fica difícil a gente transmitir o Los Angeles Kings hoje em dia. Da mesma forma que fica difícil a gente transmitir o Detroit Red Wings, porque quanto melhores os jogos que a gente tiver na televisão, melhor pode ser a nossa audiência, e melhor a forma do fã de esporte gostar do esporte.

Não adianta trazer um jogo dos últimos colocados e ver aquele jogo horroroso. O cara que nunca viu hockey e colocou ali pela primeira vez dançou. É lógico que não existe uma lógica de qual jogo vai ser bom ou ruim. Mas a tendência de você ter um jogo melhor entre equipes que estão melhor na competição é muito maior. Então a gente parte dessa premissa.

Hoje em dia existe um público bem variado que acompanha o esporte. Como você enxerga a evolução do público do hockey aqui no Brasil?

Eu acho que a evolução ainda não é grande. Eu luto diariamente nas transmissões, bato de frente com todo mundo na TV para tentar ter espaço. A gente sabe que não é nada fácil. Mas a gente vê uma movimentação muito grande, principalmente de pessoas como vocês, de perfis de hockey. Isso é muito importante para você gerar o engajamento. Mas eu confesso que ultimamente tenho visto muito engajamento de perfis, mas pouco engajamento de pessoas.

Principalmente nas redes sociais. A gente tem que tomar cuidado também porque redes sociais não serve muito como parâmetro. Às vezes a gente tem essa noção de que rede social é o mundo, mas não. O mundo é muito maior que as redes sociais. Elas servem como um parâmetro que é o da internet, mas não como parâmetro de você julgar o que é audiência ou não.

A internet facilitou muito a vida do torcedor. Você acha que isso influenciou no aumento do público de 2010 para o público de hoje?

Com certeza, tanto para o bem como para o mal, né? Porque as pessoas acabam indo buscar mais informações, informações mais coerentes, mas também acabam tendo a opinião delas. E às vezes acabam ultrapassando o limite do respeito, mas isso faz parte das redes sociais.

Pode ter certeza que influenciou sim o conhecimento. Não digo que fez aumentar o público, porque quem tem interesse vai atrás.

Como é a interação dos fãs pelas redes sociais? 

Olha, geralmente é 100% positivo. De vez em quando a gente recebe alguma crítica ou outra, né? Não dá para agradar todo mundo. Mas eu acho que de uma forma geral, o público gosta muito das nossas transmissões. E é o que a gente tenta fazer, então serve como esse parâmetro também, é um feedback para a gente.

Durante esses últimos 10 anos de transmissão aconteceram muitas finais memoráveis. Qual final foi a mais emocionante?

Olha, eu acho que todas as finais foram emocionantes. É muito difícil separar uma, pra mim. Eu acho que o dia que o Colorado chegar na final vai ser memorável. Mas eu guardo na mente duas finais.

Em 2014-15, quando a gente teve (Tampa Bay Lightning) e Chicago Blackhawks foi o ano do nascimento do meu filho, que nasceu em abril. Então vocês imaginam abril, maio e junho como é que foi a minha vida? As vezes eu chegava 2h, 3h da manhã e não conseguia dormir porque tinha que ajudar minha esposa a cuidar do filho. Por mais que ele quisesse só a mãe eu tinha que dar um suporte, então não foi nada fácil pra mim. A grande decisão foi um grande alívio. Foi um ano em que eu chorei muito na Final, eu sou meio chorão mesmo. Foi um ano muito especial por mais uma conquista na minha vida, mas ao mesmo tempo foi uma temporada muito dura porque eu precisei de uma força sobrenatural. 

E, quando surgiu a temporada 2015-16, talvez tenha sido a que eu mais me emocionei. A final foi um entre Pittsburgh Penguins e San Jose Sharks, porque foi um ano muito complicado para mim, que eu praticamente abandonei as transmissões pra cuidar da minha saúde mental, não foi nada fácil. Não sei como eu ia trabalhar, não sei. O pessoal me deu muita força na época, o Ari principalmente e minha esposa também. Foi uma final que parecia que eu tinha jogado e conquistado o título.

Porque com saúde mental não se brinca, e até faço um pedido aqui: tomem cuidado, preparem-se para qualquer problema, busquem terapia, busquem psiquiatra. Porque não é brincadeira não, foi um ano bem complexo para mim por causa disso. Então isso fica na história porque serviu de todas as formas para eu evoluir como ser humano, principalmente a minha parte espiritual. E ter conseguido de uma certa forma vencer esse grande desafio, que foi esse problema fora do meu trabalho.

Graças a Deus hoje estou muito bem, continuamos a luta e, quem sabe, logo logo a gente vai estar 100% curado. Mas tudo acontece na vida uma vez e não é por acaso. Então a final de 2015-16 foi o ápice eu acho, por esse problema extra-campo, “extra-rinque”. Porque não foi nada fácil. Às vezes eu não queria sair da cama, não queria ir trabalhar, mas tinha que ir, né? E vocês me ajudaram muito também, de uma certa forma, a superar tudo isso.

De onde surgiu o interesse pelo hockey? 

Bom eu comecei a gostar de hockey na década de 1980. Já faz muitos anos, muitas de vocês nem era nascidas. Sou velhinho, tenho 39, daqui a pouco faço 40. Mas eu sempre gostei de hockey. Infelizmente, quando eu era garoto, eu nunca tive a oportunidade de jogar porque sempre foi um esporte elitizado, o hockey inline. Fui jogar depois de mais velho porque eu tive uma condição melhor financeira, e o que me aproximou muito do hockey foi exatamente o video game.

O video game foi fundamental para isso, os primeiros jogos da Electronic Arts: NHL 92, 93 e 94. A 94 me marcou muito. Daí uma coisa leva a outra, transmissões da ESPN, revistas, lojas. Nós tínhamos uma loja aqui (em São Paulo), eu nunca me esqueço, no Morumbi Shopping, que vendia camisetas de hockey, de futebol americano. Inclusive eu tinha uma camiseta do Dallas Stars da Starter, comprada em 1995. Paguei uma fortuna nessa camiseta, na época era tipo 500 reais, uma coisa assim.

Futuramente, podemos esperar jogos de outras ligas de hockey além da NHL e CHL na ESPN?

Dando um cenário realista, eu acho muito difícil. Porque as transmissões de hockey são muito caras, hoje em dia nós pagamos para transmitir. Nós não temos uma verba que entra por causa do hockey. Mas isso pode mudar, quem sabe? De uma certa forma, como eu já disse, fortalece a marca ESPN como transmissora dos quatro esportes americanos.

Eu acho que se o esporte crescer, com certeza nós podemos ter a possibilidade de quem sabe transmitir a Kontinental Hockey League. Talvez seja um dos meus grandes sonhos trazer o hockey russo, que é o segundo melhor hockey do mundo. Mas isso depende da audiência, a gente só vai conseguir isso se a audiência crescer. Para audiência crescer, nós dependemos de uma divulgação maior, que não é só de vocês, que é também da televisão. É um trabalho e esforço maior de todo mundo para trazer mais pessoas (para) acompanharem o hockey.