Draft Class de 2013: onde estão

NHL Draft Class 2013

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O draft de 2013 aconteceu na cidade de Newark, em New Jersey. A janela de elegibilidade para a seleção ia até 15 de setembro de 1995, com Nathan MacKinnon sendo um dos atletas mais jovens disponíveis. O top 3 seria composto por Colorado Avalanche, detentor da primeira escolha, seguido por Florida Panthers e Tampa Bay Lightning. 

Embora nenhum defensor tenha sido escolhido no top 3, o primeiro do ranking de patinadores norte-americanos daquele ano foi o estadunidense Seth Jones, que atuava no Portland Winterhawks da Western Hockey League (WHL). Já na Europa o primeiro ranqueado fora Aleksander Barkov, finlandês do Tappara da SM-liiga. 

NATHAN MACKINNON, C, COLORADO AVALANCHE (#1 overall): o Top Dogg do Colorado

O center, que atualmente dispensa apresentações, foi a segunda primeira escolha da pequena Cole Harbour, cidade na região metropolitana de Halifax, Nova Escócia. Oito anos antes, Sidney Crosby havia sido escolhido primeiro pelo Pittsburgh Penguins, e MacKinnon cresceu tendo o conterrâneo como seu ídolo maior. O atleta também seguiu os passos de Crosby ao optar pelo internato Shattuck St. Mary’s em Minnesota, que possui um importante programa de hockey, onde estudou e jogou por dois anos.

A carreira de Nathan antes da NHL teve seu ápice nos anos em que o canadense defendeu a equipe da Quebec Major Juniors Hockey League (QMJHL) de sua cidade natal, o Halifax Mooseheads. Aos dezesseis anos o jogador conseguiu se destacar em uma liga com atletas de 18 e 19 anos, que tinham mais experiência e mais maturidade física do que ele. No seu ano de elegibilidade para o draft, os Mooseheads foram campeões da Memorial Cup, troféu da Canadian Hockey League (CHL) e MacKinnon foi selecionado como MVP.

A primeira temporada do center na NHL resultou em um Calder Trophy e a experiência de uma rodada de playoffs. Entretanto, nas temporadas seguintes o canadense fez 38, 52 e 53 pontos, respectivamente, e o seu Colorado Avalanche teve atuações tenebrosas que incluíram a pior campanha da história da Liga. Ainda assim, no final de 2016, o jogador estendeu seu compromisso com os Avs por mais sete anos, com um salário anual de cerca de 6,3 milhões de dólares por ano.

Com o início da temporada 2017/2018, MacKinnon passou a produzir como um MVP, fazendo 97 pontos e se tornando finalista do Hart Trophy. Já no ano seguinte o center aumentou sua pontuação, com 99 pontos, e chegou até o segundo round dos playoffs com os Avs. Antes da paralisação causada pelo COVID-19, o canadense havia feito 93 pontos em 63 jogos, se mantendo entre os favoritos para o Hart Trophy. 

ALEKSANDER BARKOV, C, FLORIDA PANTHERS (#2 overall): Panther King

O finlandês, que possui ascendência russa, iniciou sua carreira no Tappara da SM-liiga em 2011, quando se tornou o mais jovem a pontuar na liga finlandesa. Embora o atleta tenha tido sua temporada de elegibilidade encerrada por uma lesão, ele manteve seu ranking de melhor patinador europeu. Dessa forma, foi escolhido em segundo pelo Florida Panthers.

Apesar de um início promissor, as primeiras temporadas de Barkov na Liga resultaram em pontuações medianas, com 24 e 36 pontos. Entretanto, conforme o center foi desenvolvendo seu jogo, sua ofensividade acompanhou esta evolução. Embora seja conhecido por seu jogo dúplice, por ser altamente competente na zona defensiva, o finlandês foi encontrando cada vez mais sucesso no placar.

No início da temporada 2018/2019 Barkov foi nomeado capitão do Florida Panthers, um verdadeiro marco para a jovem carreira do center. Além disso, o finlandês passou a figurar cada vez mais nas listas de prováveis indicados e até mesmo ganhadores do Selke Trophy, dado ao melhor jogador defensivo da NHL. Em junho de 2019 Barkov venceu seu primeiro troféu, o Lady Byng Memorial Trophy, para aquele que teve o maior espírito desportivo e conduta positiva no gelo.

JONATHAN DROUIN, LW, TAMPA BAY LIGHTNING (#3 overall): de garoto problema a queridinho da sua cidade natal

O quebecois Drouin foi companheiro de Nathan MacKinnon no Halifax Mooseheads e ganhou a Memorial Cup de 2013 com ele. Além disso, o winger foi eleito o jogador do ano da CHL na temporada 2012/2013. Após ser escolhido em terceiro pelo Tampa Bay Lightning em 2013, Drouin fez parte do training camp da equipe, mas foi cortado no início da temporada, retornando ao Halifax Mooseheads e à QMJHL para adquirir mais experiência.

O jogador fez sua estreia na NHL em outubro de 2014 e disputou 70 partidas naquela temporada. Entretanto, no ano seguinte lesões fizeram com que ele competisse em pouquíssimos jogos e no início de 2016 o winger foi enviado ao Syracuse Crunch da American Hockey League (AHL) sem previsão de retorno à Liga. Insatisfeito com a situação, seu empresário informou à imprensa que Drouin havia pedido para ser trocado em novembro de 2015. A situação do canadense no clube ficou cada vez mais complicada quando ele não se apresentou ao Crunch e foi suspenso sem receber salário.

Drouin se apresentou à equipe apenas três meses depois, em março de 2016, participando de quase um mês das atividades na AHL. No início de abril ele retornou aos Bolts, participando do final da temporada e da campanha nos playoffs daquele ano. Mesmo com uma boa campanha em 2016/2017, a relação do canadense com a administração do clube já não era a mesma desde o ano anterior. Assim, na intertemporada de 2018 o winger foi trocado para o Montreal Canadiens em uma transação que levou o jovem defensor Mikhail Sergachev ao Lightning. Nos Habs, o jogador assinou um contrato de seis anos avaliado em 33 milhões de dólares.

SETH JONES, D, NASHVILLE PREDATORS (#4 overall): de coadjuvante em Music City a estrela em Cowtown

Filho de um jogador de basquete profissional, Jones tomou gosto pelo hockey durante sua infância em Denver, no Colorado. Durante a adolescência, o defensor fez parte do United States National Team Development Program (USNTDP) e dois anos depois ele precisou optar entre jogar na Western Hockey League (WHL) ou competir no hockey universitário. Embora houvesse a expectativa de que ele decidisse pela University of North Dakota, Jones optou pelo Portland Winterhawks da WHL, perdendo sua elegibilidade universitária.

Embora tenha perdido para o Halifax Mooseheads de MacKinnon e Drouin na final, o defensor terminou a temporada como o primeiro do ranking de patinadores da América do Norte. Ainda assim, o americano foi selecionado apenas em quarto pelo Nashville Predators. Embora Jones tenha estreado na NHL imediatamente após ser draftado, algo que raramente ocorre com jogadores da sua posição, o jovem defensor não encontrou espaço em uma defesa com tantos nomes importantes quanto a de Nashville. 

Por isso, em janeiro de 2016 os Preds trocaram Jones por Ryan Johansen, um center, e o americano foi mandado para o Columbus Blue Jackets. Em Ohio, onde o defensor passou a ter mais espaço, o jogo de Jones floresceu. Nas temporadas seguintes ele se transformou não apenas no principal d-man da sua equipe, como em um nome importante na sua posição em toda a Liga. Atualmente o americano é parte essencial da blue line dos Jackets e costuma ser o jogador com mais tempo de gelo nas partidas da equipe. 

JOSH MORRISSEY, D, WINNIPEG JETS (#13 overall): o último dos defensores (em Winnipeg)

O defensor canadense iniciou sua carreira na WHL com o Prince Albert Raiders na temporada 2010/2011, equipe que defendia quando foi draftado por Winnipeg em 2013. Na temporada 2014/2015 Morrissey foi trocado para o Kelowna Rockets, onde venceu o campeonato da WHL e chegou à final da Memorial Cup. Embora ele tenha disputado algumas partidas pelo St. John IceCaps da AHL em 2014, foi só na temporada 2015-16 o jogador só passou a defender a equipe do Manitoba Moose, novo afiliado dos Jets,  em tempo integral.

Morrissey fez sua estreia na NHL em março de 2016 e se tornou uma figura frequente no plantel de Winnipeg a partir da temporada seguinte. Com o êxodo de nomes importantes da blue line dos Jets, como Jacob Trouba e Dustin Byfuglien, o canadense se tornou ainda mais importante para a sua equipe. Por isso, na pré-temporada de 2019 ele estendeu seu compromisso com os Jets por mais oito anos, com um salário de 6,25 milhões anuais.

ANDRE BURAKOVSKY, LW, WASHINGTON CAPITALS (#23 overall): adeus, Capitólio. Olá, Montanhas Rochosas. 

A estreia profissional do sueco ocorreu na temporada 2011/2012 com o Malmo Redhawks, na liga que funciona como a segunda divisão do hockey na Suécia. Embora ele tenha sido draftado pelo SKA Saint Petersburg da Kontinental Hockey League (KHL) em 2012, Burakovsky permaneceu em seu país natal durante seu ano de elegibilidade para o draft da NHL. 

Após ser escolhido pelo Washington Capitals o winger optou por jogar na Ontario Hockey League (OHL), onde defendeu o Erie Otters e jogou ao lado de Connor McDavid. O sueco estreou pelos Caps na temporada seguinte, onde atuou por cinco anos. Durante sua jornada na capital americana Burakovsky sofreu muitas críticas por não corresponder às expectativas que existiam sobre ele. 

Com uma média de 30 e poucos pontos por temporada, o winger foi perdendo cada vez mais espaço na equipe. Entretanto, foi peça importante na trajetória da equipe até a conquista da Stanley Cup em 2018. Na intertemporada de 2019 o sueco foi trocado para o Colorado Avalanche, onde viu sua carreira se revitalizar e chegou à marca inédita de 45 pontos em apenas 58 jogos, alcançando os vinte gols pela primeira vez na carreira.

JAKE GUENTZEL, C, PITTSBURGH PENGUINS (#77 overall): modo playoffs – carregando

Diferentemente dos top prospects americanos, Guentzel não fez parte do USNTDP e jogou pela sua escola de ensino médio no torneio estadual de Minnesota, estado onde cresceu. Após finalizar o colegial o jogador optou por defender a Universidade de Nebraska Omaha, onde estudou e jogou durante três anos. Sua estreia profissional ocorreu em 2016 com o Wilkes-Barre/Scranton Penguins da AHL, e o primeiro jogo do winger na NHL foi em novembro daquele mesmo ano.

Mesmo não tendo o pedigree de ter sido selecionado no primeiro round, tampouco no segundo, Guentzel mostrou sua importância para a equipe de Pittsburgh quando foi uma das peças mais importantes na conquista da Stanley Cup em 2017. Com 21 pontos na pós-temporada, Guentzel igualou o recorde de pontuação de um rookie nos playoffs da Liga. 

Na temporada seguinte o americano marcou os mesmos 21 pontos em menos da metade dos jogos, mas em 2018/2019 seu aproveitamento (assim como o da equipe) caiu nos playoffs. Em 2019/2020 Guentzel sofreu uma lesão no ombro que o tiraria do rinque de quatro a seis meses, mas a paralisação da Liga devido ao COVID-19 pode significar que ele esteja pronto assim que a NHL retornar. Nesta temporada o americano soma 43 pontos em 39 jogos.

MENÇÕES HONROSAS:

Elias Lindholm, C, Carolina Hurricanes (#5 overall): foi trocado para o Calgary Flames juntamente com Noah Hanifin na transação que levou Dougie Hamilton e Micheal Ferland a Raleigh.

Bo Horvat, C, Vancouver Canucks (#9 overall): se tornou o capitão da equipe que defende no início da temporada 2019/2020 em uma cerimônia emocionante.

Max Domi, C, Phoenix Coyotes (#12 overall): venceu a Memorial Cup com o London Knights na companhia de Mitch Marner e foi trocado para o Montreal Canadiens em 2018, com Alex Galchenyuk sendo mandado para os Yotes.

Jason Dickinson, C, Dallas Stars (#29 overall): desde que passou a fazer parte do plantel da equipe texana, o canadense passou a ser uma figura de liderança na equipe e é tido como o sucessor natural de Jamie Benn, atual capitão dos Stars.

Brett Pesce, D, Carolina Hurricanes (#66 overall): o defensor foi parte importante da campanha dos Canes nos playoffs do ano passado, quando a equipe chegou na final da sua conferência. Também é uma figura de liderança importante para a equipe de Raleigh.

Juuse Saros, G, Nashville Predatos (#99 overall): tido como o sucessor do compatriota Pekka Rinne, Saros vem adquirindo cada vez mais experiência na NHL, tendo disputado 31 partidas na temporada 2019/2020.