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Draft Class de 2015: onde estão – PARTE I

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Draft Class de 2015: onde estão – PARTE I

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NHL Draft 2015

Poucos drafts, em qualquer liga que seja, têm o impacto que a seleção de 2015 causou na NHL. Encabeçada pelo talento generacional de Connor McDavid, a classe produziu um grande número de grande jogadores. Alguns deles inclusive chegam aos status de superstar ou franchise player, tamanha a sua qualidade. A última vez que um prospect foi tão desejado e esperado pelas equipes no páreo para a primeira escolha havia ocorrido dez anos antes. Na ocasião, em 2005, Sidney Crosby foi draftado por Pittsburgh.

Com a first pick de 2015, o Edmonton Oilers somava quatro ocasiões em que haviam figurado no topo do draft em uma mesma década. Entretanto, o último nome que a equipe de Alberta havia escolhido, Nail Yakupov, não havia rendido o que se esperava dele. Acrescentar um jogador do calibre de McDavid não implicaria em apenas um aumento na qualidade do plantel. Isso também seria um boost na confiança do torcedor na equipe. Além disso, existe todo o retorno financeiro que ter um superstar proporciona. 

O resto do top 3 foi completado pelo Buffalo Sabres, cujos fãs levavam cartazes com os dizeres “Tank for McDavid” (afundem por McDavid, em tradução literal) à arena, e pelo Arizona Coyotes. Em um mar de prospects de qualidade, equipes como Boston, que possuía três escolhas seguidas (#13, #14 e #15), tiveram a oportunidade de selecionar peças importantes para o rejuvenescimento de sua equipe. 

CONNOR MCDAVID, C, EDMONTON OILERS (#1 overall): (Mc)Jesus, superstar

A carreira de McDavid na Ontario Hockey League (OHL) já começou dando indícios de como seria dali para a frente. Ao ganhar status excepcional, o canadense se juntou ao Erie Otters com 15 anos de idade. Antes disso, McDavid cogitou a possibilidade de não atuar na Canadian Hockey League (CHL). Assim seria elegível para o hockey universitário, onde atuaria pela Boston University. 

Uma vez nos Otters, o canadense já começou sua carreira junior quebrando recordes de maior pontuação por um novato e foi escolhido o rookie do ano na OHL em 2013. Nos anos seguintes McDavid foi ganhando cada vez mais destaque entre os jovens atletas da CHL e em 2014/2015 foi escolhido capitão da sua equipe. Tido como um futuro franchise player em potencial muito antes de seu draft, a possibilidade de poder escolher McDavid colocou muitos times em polvorosa.

Em seu ano de elegibilidade o canadense ficou fora de comissão quase dois meses após quebrar a sua mão em uma briga. Ainda assim, o center teve números significativos na temporada regular da OHL. Além disso, foi o vencedor do prêmio Wayne Gretzky 99, dado ao melhor jogador dos playoffs. A trajetória de McDavid no major juniors se encerrou em 2015 com seu draft. O atleta venceu os prêmios de melhor jogador da OHL e da CHL, se tornando o mais premiado da história da Ontario Hockey League.

Depois de ter sido escolhido por Edmonton, ele assinou seu contrato com o time e fez sua estreia na NHL em outubro de 2015. Entretanto, a campanha de rookie de McDavid foi interrompida após uma partida contra o Philadelphia Flyers. Após uma colisão com um defensor, o center quebrou a clavícula em novembro. McDavid retornou ao gelo apenas em fevereiro, perdendo quatro meses da temporada regular dos Oilers. Ainda assim, o atleta foi um dos finalistas do Calder Memorial Trophy, dado ao rookie do ano, mesmo tendo disputado apenas pouco mais da metade das partidas da sua equipe na temporada. Naquela off-season, o center se tornou o capitão mais jovem da NHL ao receber o C do Edmonton Oilers

A temporada seguinte foi a guinada para a ascensão de McDavid como um dos melhores, quiçá não o melhor, da Liga. Com uma combinação letal de velocidade e habilidade, o canadense alcançou a marca de 100 pontos ao final de seu segundo ano na NHL. Com 30 gols e 70 assistências, ele venceu o Art Ross Trophy, o Ted Lindsay Award e o Hart Memorial Trophy, além de ter chegado ao segundo round dos playoffs com os Oilers. McDavid foi apenas o décimo atleta a vencer todos os troféus em uma mesma noite na história da Liga. Ainda naquela intertemporada, o canadense estendeu seu compromisso com os Oilers por mais oito anos, passando a ter o maior salário da NHL com 12.5 milhões de dólares anuais. 

Nos dois anos seguintes McDavid superou sua campanha premiada, anotando 108 e 116 pontos em 2017/2018 e 2018/2019, respectivamente. Entretanto, o desempenho de sua equipe continuou deixando a desejar, apesar do canadense ter Leon Draisaitl (tal qual Sidney Crosby tem Evgeni Malkin) ao seu lado para partilhar a responsabilidade ofensiva dos Oilers. Os resultados decepcionantes fizeram inclusive com que a habilidade de liderar do center tivesse sido posta em xeque. Edmonton teve então mudanças tanto na comissão técnica quanto em seus gestores, com o fim da era Chiarelli no início de 2019. Em 2018 McDavid foi novamente contemplado com o Art Ross e o Ted Lindsay, além de ter sido um All-Star em todos os anos desde 2017. 

Atualmente o canadense é, sem dúvidas, um dos maiores nomes do esporte e já busca seu espaço no Olimpo dos melhores do hockey. Entretanto, embora McDavid tenha números impressionantes (afinal, o atleta tem 469 pontos em 351 partidas), a falta de campanhas vitoriosas com seu Edmonton Oilers é a grande questão para legado do jovem center na Liga. Todavia, para a sorte de McDavid, o atleta tem apenas 23 anos e uma abundância de talento, talvez ele apenas precise de um empurrãozinho dos deuses do hockey para trazer a Stanley Cup de volta a Edmonton. 

JACK EICHEL, C, BUFFALO SABRES (#2 overall): o prêmio de consolação na forma de o “faz-tudo” de Buffalo

Ainda que o jogador que fosse selecionado após Connor McDavid tivesse uma autoestima maior do que a Via Láctea (e a deste second pick chega perto disso), seria difícil competir pelos holofotes com o center canadense. Afinal, o Buffalo Sabres havia abertamente tentado perder o máximo possível para otimizar suas chances de ganhar a primeira escolha daquele ano. 

Em um ano comum, uma equipe ficaria em êxtase ao ter um atleta como Eichel cair em seu colo com a segunda escolha. Todavia, no draft de 2015 o americano representava nada mais do que o fato de que Buffalo havia perdido a loteria e, consequentemente, a chance de draftar Connor McDavid. Mas posteriormente à sua chegada em Buffalo com uma espécie de complexo de inferioridade em cima dele como uma nuvem tempestuosa, Eichel teve muito sucesso antes de se profissionalizar. 

Como grande parte dos atletas americanos, ele passou dois anos no USA Hockey National Team Development Program (USNTDP) entre 2012/2013 e 2013/2014. Na temporada seguinte Eichel foi para a NCAA (National Collegiate Athletic Association) jogar hockey universitário com os Terriers da Boston University. Será que em um universo paralelo Eichel e McDavid seriam parceiros de equipe na Boston University ao invés de rivais?

Antes do draft Eichel venceu o Hobey Baker, prêmio de melhor atleta universitário, o primeiro calouro a ter esta honra desde Paul Kariya em 1993. Após ser escolhido como artilheiro da Hockey East, jogador do ano, calouro do ano e MVP da conferência, dentre outras honras, o americano finalizou a temporada em segundo lugar no ranking dos patinadores norte-americanos. 

Eichel assinou seu contrato profissional logo após o draft, tendo, assim, encerrado sua carreira universitária. O americano estreou na NHL quebrando recordes, ao se tornar o Sabre mais jovem a marcar um gol, no início de outubro de 2015. O center terminou sua temporada inaugural na Liga somando 56 pontos em 81 partidas, atrás apenas do, então atleta de Buffalo, Ryan O’Reilly.

A temporada seguinte foi mais curta para o americano, que se lesionou no primeiro jogo e ficou quase três meses fora do rinque. Ainda assim, Eichel terminou o ano com 57 pontos em 61 partidas, superando os números do ano anterior com 20 jogos a menos. Naquela off-season o center também teve seu contrato com Buffalo estendido por mais oito anos, por nada menos do que 10 milhões anuais. 

Durante a próxima temporada Eichel foi escolhido para o All Star Game de 2018 e aumentou sua produção ofensiva, embora tenha sofrido outra lesão que o fez perder jogos. Ele terminou o ano com 64 pontos em 67 partidas. Antes do início de 2018/2019 o atleta teve duas grandes mudanças em sua jersey: a alteração do número 15 para o 9, que ele usava na BU, além do C que passou a figurar no seu peito. Em 2018/2019 Eichel teve sua melhor campanha até hoje, com 82 pontos em 77 partidas e, no ano seguinte, 78 pontos em 68 partidas. 

Desde que passou a ser o capitão da equipe, Eichel passou a reclamar cada vez mais do desempenho de sua equipe. A consequência das reclamações públicas? Uma onda de demissões em todo o front office de Buffalo, inclusive do GM Jason Botterill. Neste último junho o americano inclusive afirmou que estava cansado de perder, o que fez com que surgissem rumores sobre o center requisitar uma eventual troca e para onde ele seria enviado

Atualmente Eichel tem 337 pontos em 354 partidas e é um center importante não apenas para a sua equipe, assim como para o futuro da seleção americana. Entretanto, após Auston Matthews ter despontado como a maior jovem estrela do hockey americano, o capitão dos Sabres ficou, novamente, em segundo plano. 

DYLAN STROME, C, ARIZONA COYOTES (#3 overall): quando tudo o que precisava era trocar o deserto pela ventania

Se alguém sabe o que é ser colocado em segundo plano ao dividir os holofotes com Connor McDavid, esse alguém é Dylan Strome, mas o canadense está acostumado com isso. Vindo de uma família de jogadores de hockey, Strome é o segundo dos irmãos a chegar até a NHL. Seu irmão mais velho, Ryan Strome, é jogador do New York Rangers (e ex-companheiro de McDavid nos Oilers), enquanto o mais novo, Matthew Strome, é prospect do Philadelphia Flyers. O center iniciou sua carreira no major juniors em 2013, pelo Erie Otters da OHL. 

Ainda que McDavid fosse o centro das atenções na equipe, Strome se destacou por sua proficiência no ataque. Afinal, ele venceu o prêmio de maior pontuador tanto da OHL quanto da CHL no seu ano de elegibilidade. Uma das razões pelas quais o atleta foi ranqueado em quarto entre os patinadores da América do Norte foi o seu tamanho e tenacidade, que compensavam as deficiências técnicas claras em sua patinação (algo que é comum a todos os irmãos Strome, que são notoriamente patinadores ruins). 

Embora o center tenha assinado seu contrato com os Coyotes logo após o draft, ele retornou ao Erie Otters para amadurecer seu jogo. Na OHL ele forjou uma parceria com Alex DeBrincat, estando este em seu ano de elegibilidade para o draft de 2016, e os dois encontraram sucesso juntos. No ano seguinte Strome finalmente fez sua estreia na NHL, mas em novembro Arizona decidiu que ele ainda precisava de mais tempo de major juniors, mandando-o de volta para os Otters. 

Tendo atingido o limite de idade permitido para competir na CHL, o center finalmente passou a integrar o elenco dos Yotes. Entretanto, depois de um início decepcionante sem pontuar, o canadense foi enviado para o Tucson Roadrunners, afiliado da American Hockey League (AHL). Em 50 partidas na AHL, ele fez 53 pontos e foi escolhido como All Star desta liga. O retorno à NHL se deu apenas em março de 2018 e o center terminou a temporada com os Coyotes. Ao não se classificarem para a pós temporada a equipe retornou Strome aos Roadrunners para a campanha do time nos playoffs da Calder Cup. 

Embora Strome tenha sido draftado com o pedigree de um top prospect, seu desenvolvimento não estava acontecendo no ritmo esperado por Arizona. Por isso, em novembro de 2018 ele foi trocado, juntamente com Brandon Perlini, para o Chicago Blackhawks, por Nick Schmaltz. A mudança de ares parece ter tido um efeito positivo no canadense, que se reuniu com seu ex-companheiro de OHL, DeBrincat, e o center terminou a sua primeira temporada nos Hawks com 51 pontos em 58 partidas. Atualmente Strome soma 105 pontos em 164 partidas na NHL. 

MITCH MARNER, C/RW, TORONTO MAPLE LEAFS (#4 overall): vivendo um sonho de infância

Como (quase) toda criança na Greater Toronto Area (GTA), Mitch Marner cresceu torcendo pelo Toronto Maple Leafs. Embora tenha recebido uma oferta de bolsa da Universidade de Michigan, a carreira do jogador canadense iniciou-se no London Knights da OHL. Por sua estatura pequena e porte físico mais miúdo, Marner gerava dúvidas nos olheiros, que preocupavam-se com seu desenvolvimento. Entretanto, o talento do jovem foi o bastante para que esses questionamentos ficassem em segundo plano, e ele acabou sendo draftado em quarto por seu time do coração.

Anotando 59 jogos em 64 partidas, Marner ficou em segundo na corrida por rookie do ano da OHL, sendo desbancado apenas por Travis Konecny, então do Ottawa 67’s. Em seu ano de elegibilidade para o draft, o canadense encontrou em Max Domi o parceiro de linha perfeito. Assim, apesar do seu físico, Marner ficou ranqueado entre os melhores patinadores da América do Norte. Escolhido em quarto por Toronto, ele assinou seu contrato imediatamente, mas retornou à OHL para prosseguir com o seu desenvolvimento, tanto físico quanto técnico.

A temporada seguinte foi como um sonho para o recém-nomeado co-capitão dos Knights. Jogando com Christian Dvorak e Matthew Tkachuk, Marner levou a equipe de London não só ao título da OHL, assim como à Memorial Cup. Ele foi o recipiente do troféu Wayne Gretzky 99, assim como os títulos de MVP e artilheiro das finais da CHL. Não foi uma surpresa quando, no início da temporada 2016/2017, Marner passou a fazer parte do plantel do Toronto Maple Leafs.

O winger terminou a primeira temporada com 61 pontos em 77 jogos, mesmo tendo contraído mononucleose na segunda parte da temporada. Marner ajudou sua equipe a chegar na pós-temporada, onde os Leafs foram eliminados no primeiro round por Washington. Juntamente com Auston Matthews, o canadense se tornou a face do revival dos Maple Leafs nessa nova era do clube. No ano seguinte Marner terminou a temporada com 69 pontos em 82 jogos, mas sua equipe amargou outra derrota no primeiro round, dessa vez para o Boston Bruins.

A terceira temporada do atleta na NHL, em 2018/2019, também era a última de seu contrato de novato. Marner anotou 26 gols e 68 assistências, somando 94 pontos em 82 jogos, sua melhor campanha até agora. A pós-temporada chegou com o canadense cheio de polêmicas à sua volta, especialmente pelos comentários feitos por sua assessoria e vazados na imprensa de Toronto. Depois que Matthews estendeu seu contrato, parecia que Marner havia ficado em segundo plano. 

Entretanto, depois de idas e vindas, time e jogador conseguiram entrar em acordo e o winger teve seu compromisso estendido com os Leafs por mais seis anos, avaliado em cerca de 10.9 milhões anuais. Nesta última temporada o atleta somou 67 pontos em em 59 partidas antes da paralisação pela pandemia do COVID-19. No total, Marner tem 291 pontos em 300 jogos (83 G e 208 A). 

NOAH HANIFIN, D, CAROLINA HURRICANES (#5 overall): o menino de Boston que foi de Carolina a Calgary

Hanifin atuou pelo USNTDP por um ano, durante a temporada 2013/2014 antes de iniciar sua carreira universitária aos 17 anos, com os Eagles da Boston College. Com o melhor ranking de um defensor na América do Norte (3º lugar), o americano poderia ter sido draftado em qualquer posição após o top 2 já esperado. Entretanto, foi Carolina que o escolheu na quinta posição, para continuar o processo de rejuvenescimento da sua defesa. 

Tal como McDavid e Eichel, o defensor estreou na NHL logo após ser draftado. Durante os três anos em que atuou pelos Canes, o americano foi protegido de embates mais complexos, para que seu jogo pudesse se desenvolver no tempo certo até atingir certa maturidade. O americano foi o representante da equipe de Carolina no All Star Game de 2018, a primeira vez que ele foi para o evento. Entretanto, a história de Hanifin com a equipe de Raleigh viu seu fim na intertemporada de 2018. 

O defensor, juntamente com Elias Lindholm, foi trocado para o Calgary Flames por Dougie Hamilton, Micheal Ferland e os direitos de Adam Fox, prospect que atuava pela Universidade de Harvard. Em Calgary o jogador passou a ter mais responsabilidades, além de um lugar fixo no top 4 da defesa dos Flames, geralmente formando um par com Travis Hamonic. Embora o defensor tenha dado passos largos em seu desenvolvimento, ainda há um bom caminho a se percorrer para que ele se torne um defensor de peso na Liga. 

Ainda assim, Hanifin tem sido importante como um dos principais nomes da defesa de Calgary. O americano é o atleta da classe de 2015 com mais jogos disputados, 389, com uma boa folga em relação aos dois mais próximos desse número, Eichel (354) e McDavid (351). Atualmente ele soma 138 pontos em 389 jogos e no ano passado seu contrato com os Flames foi estendido por seis anos, avaliado em cerca de 4.95 milhões anuais. 

IVAN PROVOROV, D, PHILADELPHIA FLYERS (#7 overall): futuro defensor de elite ou espião russo contratado para vigiar o Gritty?

Com a NHL como seu objetivo final, Provorov se mudou da Rússia para os Estados Unidos alguns anos antes de atingir a idade para jogar no major juniors. Assim, quando foi selecionado para o Brandon Wheat Kings da Western Hockey League (WHL), o russo já havia se familiarizado com a cultura norte-americana, assim como as dimensões do gelo e até mesmo a língua. Em seu ano de elegibilidade o defensor fez 61 pontos em 60 partidas pelos Wheat Kings, sendo selecionado pelos Flyers com a sétima escolha do draft. 

O russo então assinou seu contrato com a equipe, mas foi retornado à WHL para adquirir mais experiência. A temporada da equipe de Manitoba em 2015/2016 foi quase como um sonho de fadas, já que Brandon venceu o título da WHL e chegou nas finais da Memorial Cup. Entretanto, a equipe não conseguiu vencer sequer uma partida. Ainda assim, Provorov foi selecionado o melhor defensor da WHL naquele ano.

No ano seguinte o russo conseguiu se firmar na equipe dos Flyers depois de impressionar no training camp. Desde então Provorov não deixou de jogar sequer uma partida pela equipe da Filadélfia. Ao final de sua temporada de estreia, o defensor foi selecionado como o melhor de sua posição na equipe, em premiação interna. Ele terminou sua campanha de rookie com 30 pontos em 82 aparições pelos Flyers. Já em 2017/2018 Provorov jogou os playoffs da NHL pela primeira vez em sua carreira, perdendo para o Pittsburgh Penguins no primeiro round.

Mesmo com a derrota, o russo se destacou durante a temporada regular, e foi se firmando cada vez mais como o nome do futuro na defesa laranja. Nos playoffs, Provorov jogou com uma lesão relativamente séria no ombro, que dificultava certos movimentos, inclusive a pegada em seu stick. Em 2018/2019 o jogador teve atuações menos constantes, o que gerou preocupação acerca do seu desenvolvimento, mas na última temporada regular ele voltou a produzir e atuar como um top defenseman. Na intertemporada de 2019 os Flyers estenderam o contrato do russo por mais seis anos, com um salário anual de cerca de 6.75 milhões de dólares.

ZACH WERENSKI, D, COLUMBUS BLUE JACKETS (#8 overall): Big Z chegou com um bang!

Assim como Eichel e Hanifin, Werenski também fez parte do USNTDP antes de iniciar sua carreira universitária. E assim como os dois nativos de Massachusetts, o defensor americano também optou por uma universidade de seu estado, que no caso dele é a Universidade de Michigan. Após jogar seu ano de elegibilidade na NCAA, Werenski foi a escolha do Columbus Blue Jackets no primeiro round do draft de 2015. 

Em 2015/2016 o defensor retornou ao Michigan Wolverines para sua segunda temporada com a equipe, e quando esta se finalizou ele assinou seu contrato profissional com os Jackets. Werenski então se juntou ao Lake Erie Monsters da AHL para os playoffs da Calder Cup. O americano ajudou a equipe a conquistar seu primeiro título, com cinco gols e nove assistências na campanha.

Já a sua temporada de estreia na NHL o defensor fez 47 pontos em 77 jogos, o que lhe rendeu uma indicação ao Calder Memorial Trophy. Nos playoffs daquele ano Werenski sofreu uma lesão particularmente feia na série contra os Penguins. Ao levar um puck no rosto, o americano levou vários pontos e seu olho ficou tão inchado que não abriu mais. A lesão inclusive rendeu uma camiseta com o rosto machucado do defensor, com a renda revertida para a caridade. 

Em 2018 Werenski participou do seu primeiro All Star Game, representando Columbus juntamente com Seth Jones. Nos playoffs do mesmo ano o defensor lesionou o ombro e, em decorrência da cirurgia necessária, perdeu cerca de seis meses se recuperando. Na off-season de 2019 os Blue Jackets e o americano estenderam o contrato por mais três anos, no valor de 5 milhões de dólares anuais. Em 300 jogos na carreira, o atleta possui 169 pontos. 

MENÇÕES HONROSAS:

Pavel Zacha, C, New Jersey Devils (#6 overall): um top prospect da classe de 2015, o tcheco não vingou. Considerando o número e a qualidade dos prospects disponíveis, Jersey fez a escolha errada. Mas como os deuses do hockey às vezes são bondosos, a equipe foi presenteada com dois first overall em um curto espaço de tempo, em 2017 e 2019. 

Timo Meier, RW, San Jose Sharks (#9 overall): o suíço jogou quatro temporadas na Quebec Major Junior Hockey League (QMJHL), entre a temporada 2013/2014 e 2015/2016. O atleta tem 157 pontos em 263 partidas e em 2019 assinou um contrato de quatro anos avaliado em 24 milhões de dólares. 

Lawson Crouse, LW, Florida Panthers (#11 overall): um dos protagonistas do melhor vídeo pré-draft, quando ele comeu uma minhoca, Crouse foi trocado dos Panthers para Arizona pouco mais de um ano após ter sido selecionado pela equipe da Flórida. 

Jake DeBrusk, LW, Boston Bruins (#14 overall): a única escolha certa dos Bruins em suas três picks seguidas durante o primeiro round de 2015, o canadense tem 120 pontos em 203 partidas e uma final da Stanley Cup no currículo. 

Colin White, C, Ottawa Senators (#21 overall): outro fruto do USNTDP, o americano jogou pela Boston College do hockey universitário entre 2015 e 2017. Em sua primeira temporada completa na NHL em 2019/2020, ele somou 23 pontos em 61 jogos. 

Ei, você que chegou até aqui! Se você está se perguntando cadê o Fulano ou o Beltrano, o NHeLas te explica: com o número invejável de jogadores de impacto produzidos por essa classe, achamos melhor dividir esse texto em duas partes. Logo mais teremos a parte dois por aqui, fiquem de olho!

(Foto: Reprodução/TheAthletic.com)

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