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Chegamos à metade. E agora?

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Chegamos à metade. E agora?

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Esse fim de semana a NHL chegou na metade de sua temporada. Tanta coisa já aconteceu, e ainda tem muito por vir nos próximos meses. Então vamos fazer uma pequena retrospectiva sobre alguns pontos dessa temporada e o que podemos esperar daqui pra frente.

  • VEGAS

Créditos: USA Today

O mais novo time da liga foi formado num expansion draft em 21 de julho de 2017. Desde então se especulava muito sobre o time, com apenas uma “certeza”: levariam anos até que os jogadores conseguissem estar em sincronia suficiente para que o time tivesse chances de chegar a uma Stanley Cup.

Ah, como estávamos todos errados! Os Vegas Golden Knights começaram ganhando, e quebraram um recorde quando conseguiram 8 vitórias em seus 9 primeiros jogos (perdendo apenas pra Detroit no 4º jogo).

“Sorte de principiante.”

Até pareceu quando eles começaram a perder. Claro que, mesmo já tendo visto que o time tinha garra, ninguém previa que eles continuassem só ganhando quando o terceiro goleiro se machucou. Vegas parecia ser um daqueles casos de muita sorte no começo e de repente muito azar. Pessoalmente, eu discordo.

O Vegas Golden Knights é um sério caso de muito talento, perseverança e competência. Uma junção perfeita de jogadores que faziam parte das terceiras e quartas linhas de seus antigos times, tinham pouca exposição na mídia mas muita garra com um treinador que havia sido demitido pelo novo GM dos Panthers, após o inicio de uma temporada ruim (mesmo tendo levado o time para os playoffs no ano anterior). O que todo mundo esqueceu é que jogadores de terceira e quarta linha têm sempre que lutar pelos seus lugares. Enquanto os de segunda querem subir para a primeira, tudo que os de quarta querem é continuar no gelo e na liga.

Todos eles queriam provar alguma coisa, e Gallant queria provar que era muito melhor do que um início de temporada ruim no ano anterior. Os Golden Knights conseguiram um sistema que funciona e jogadores que trabalham bem e se respeitam; um técnico que tem paciência para treinar um time novo e gana de vencer; uma cidade que apoia o esporte e os atletas e que ganha e perde com a equipe. Os Golden Knights conseguiram na primeira metade de sua primeira temporada a vice-liderança do campeonato e a garantia de que todo mundo sabe que eles vão longe.

  • MONTREAL

Créditos: NHL.com

Os Canadiens terminaram o campeonato ano passado como líderes da divisão Atlântica, mas a história esse ano está bem diferente. O time está longe de conseguir uma vaga nos playoffs e parece não conseguir encontrar seus erros. No início, disseram ser a contusão de Carey Price, que o tirou de 10 jogos. O goleiro voltou e o time disparou, mas como nem tudo são contos de fadas, voltou para o meio do poço (ainda não dá pra dizer que eles chegaram no fundo, afinal, Coyotes né…). Desde então o time parece desajustado. Gallagher, Pacioretty e Galchenyuk são os líderes em pontos do time, com meros 23 cada, o que está muito longe de ser um exemplo para a equipe. Os jogadores de Montreal parecem estar tentando demais, e talvez seja isso que impeça que eles realmente consigam marcar.

Enquanto isso o GM do time continua acreditando que a equipe tem capacidade para chegar aos playoffs e diz que vai avaliar o time e fazer as correções necessárias. Ele também disse estar criando um time para o futuro, só não especificou quando será esse futuro, né?

  • PENGUINS

Créditos: USA Today

O atual campeão da Stanley Cup está se mostrando um pouco bipolar até agora. Em algumas partidas chega com garra e dá o seu melhor, ganhando em shut out. Em outros casos, chega morto no gelo e não consegue finalizar nenhum passe direito. É estranho porque estatísticamente eles deveriam estar indo melhor. O time tem um dos maiores números de tiros a gol por jogo da temporada, e astros da liga que tem talento e treinamento para fazer os pucks entrarem, mas Kessel, o melhor jogador do time atualmente, fez apenas 18 gols em 157 tentativas. O que até pode ser visto com bons olhos, dado que o time tem a pior porcentagem de conversão da liga, com apenas 5,9%, além de também ter a pior porcentagem de defesas (sim, eles estão atrás até dos Coyotes). Pittsburgh ocupa hoje a última vaga de wildcard para os playoffs, mas com o que já vimos o time fazer, deveriam estar bem acima disso, e Mike Sullivan sabe disso. Resta saber se ele consegue corrigir a equipe a tempo.

  • TAMPA BAY

Créditos: Getty Image

Se o time da Flórida ficou a um ponto de conseguir uma vaga para os playoffs na temporada passada, isso não acontecerá esse ano. Os Bolts conseguiram tudo de melhor e maior até agora. Eles têm o maior numero de gols, o atacante com mais pontos e o maior numero de vitórias. Foram poucas as vezes que perderam a liderança da liga, e hoje estão a 3 pontos do segundo colocado, e a 6 do terceiro. Reinam como líderes que são. E não parecem estar confortáveis no lugar que estão.

O time apostou e confiou em jogadores que estão respondendo de maneira espetacular. Kutcherov é o líder em pontos da liga com 59, e facilmente fará mais que 100 até o fim da temporada. Vasilevsky até agora já teve 6 shut outs, contra apenas dois na temporada passada inteira. Sergachev também mostrou que a troca lhe fez bem. O novato está em seu segundo ano na liga, mas parece ter se encontrado nos Bolts. Não da pra dizer que o time ganhará a SC, mas esse com certeza é o ano dos Tampa Bay Lightning.

 

Ainda tem muita coisa para acontecer e sabemos que o hockey é imprevisível. Provavelmente ainda veremos muitas contusões, que podem ou não balançar uma equipe. Temos um mês e meio para a deadline das trocas, e até lá ainda dá para mexer muita coisa, boa ou ruim. Mas uma certeza nós temos, essa segunda metade da temporada 2017-18 estará cheia de emoções.

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